1887

OECD Multilingual Summaries

Education at a Glance 2015

OECD Indicators

Summary in Portuguese

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Educação em Revista 2015

Indicadores da OCDE

Sumário em Português

No mercado de trabalho e na vida, a educação é um esforço que vale a pena…

Em média, 80% dos adultos que concluíram o ensino superior têm emprego, em comparação com mais de 70% das pessoas que concluíram o último ciclo do ensino secundário ou o ensino pós‑secundário não superior, e menos de 60% dos adultos que não concluíram o último ciclo do ensino secundário. Os adultos com um diploma do ensino superior também ganham, em média, mais 60% do que os adultos que têm como habilitação académica mais importante o último ciclo do ensino secundário. Em geral, as taxas de emprego e os rendimentos auferidos aumentam à medida que também aumenta o nível de educação e competências; mas o mercado de trabalho continua a considerar um diploma ou uma licenciatura como o principal indicador das competências de um trabalhador.

Não há dúvida de que, tendo estas vantagens presentes no seu espírito, há um número crescente de jovens adultos nos países da OCDE a frequentar o ensino superior. Em média, nos diferentes países da OCDE e entidades subnacionais que participaram no Programa Internacional para a Avaliação das Competências dos Adultos (PIAAC), em 2012, 22% das pessoas que não estavam a estudar e que tinham idades compreendidas entre os 25‑34 anos – e, na Coreia do Sul, 47% das pessoas neste grupo – concluíram estudos superiores apesar de os seus pais não o terem feito. Estes “adultos de primeira geração com formação superior” e os adultos com formação superior cujos pais também tinham concluído estudos superiores partilham taxas de emprego semelhantes e seguem domínios de estudo semelhantes. Isto sugere que o facto de se ser o primeiro numa família a obter formação superior não constitui de modo algum uma desvantagem.

Os dados também mostram que, apesar de a taxa de entrada em programas de bacharelato ser muito mais elevada do que a taxa de entrada em programas de mestrado ou doutoramento, existem mais oportunidades no mercado de trabalho – e salários mais altos – para os adultos detentores de um diploma de mestrado do que para aqueles que dispõem apenas de um bacharelato. Os adultos empregados com um grau de bacharelato ou com um grau equivalente ganham cerca de 60% mais do que os adultos empregados que frequentaram o último ciclo do ensino secundário, mas os adultos com um mestrado, doutoramento ou com um grau equivalente ganham mais do dobro.

Mas os benefícios da educação não são apenas de índole financeira. Os adultos com aproveitamento no ensino superior têm maiores probabilidades de ter uma saúde boa, participar em atividades de voluntariado, confiar nas outras pessoas e considerar que têm uma palavra a dizer em matéria de governação. Por outras palavras, os adultos com um grau de ensino mais elevado costumam ter um maior grau de envolvimento relativamente ao mundo que os rodeia.

…apesar de persistirem desigualdades

Apesar de um decréscimo, ou até de uma inversão, ao nível das disparidades de género no nível de instrução, as mulheres continuam a estar sub‑representadas em determinados domínios do ensino, como a ciência, a tecnologia, a engenharia e a matemática (CTEM). As mulheres jovens também têm menos probabilidades de ter emprego do que os homens jovens, apesar de as disparidades de género no emprego serem muito inferiores entre os adultos jovens com formação superior do que entre os adultos jovens com formação académica de nível inferior.

Os dados também mostram que o fator que mais influi o rendimento auferido é a própria formação académica do adulto. Os adultos que concluíram uma formação superior têm 23% mais probabilidades de se situar entre os 25% de adultos com maiores salários (em rendimento mensal) em comparação com os adultos cujo nível de formação académica seja o último ciclo do ensino secundário ou o ensino pós‑secundário não superior.

Entre 2010 e 2012, o investimento público na educação diminuiu em muitos países da OCDE

O setor da educação sofreu uma reação retardada relativamente à crise económica global de 2008. Entre 2010 e 2012, à medida que o PIB ia aumentando no seguimento do abrandamento da atividade económica, o investimento público nas instituições de ensino diminuiu em mais de um terço dos países da OCDE.

O abrandamento da economia em 2008 também teve um impacto direto nos salários dos professores do ensino básico e secundário. Nos anos que se seguiram imediatamente à crise, e apesar de alguns países terem já iniciado uma retoma lenta, os salários dos docentes foram congelados ou reduzidos, de tal forma que o número de países que apresentam um aumento nos salários, em termos reais, entre 2008 e 2013, diminuiu para cerca de um em cada dois países da OCDE. Estas tendências em nada contribuíram para reduzir a discrepância salarial considerável entre professores e outros trabalhadores com formação académica semelhante. Em média, nos diferentes países da OCDE, os professores do ensino pré‑básico e básico auferem 78% do salário de um trabalhador de formação académica semelhante que trabalha a tempo inteiro, ao ano; os professores do primeiro ciclo do ensino secundário auferem 80% e os professores do último ciclo do ensino secundário auferem 82% desse salário de referência. Estes salários não competitivos vão fazer com que seja difícil atrair os melhores candidatos à profissão docente.

Os cortes nos financiamentos também podem fazer perigar as atividades de desenvolvimento profissional destinadas aos professores. Os dados do PISA revelam que, apesar do aumento do investimento em tecnologias da informação e comunicação (TIC) nas escolas, os professores não estão a utilizar estas ferramentas de forma sistemática. Na verdade, os professores que participaram no Inquérito Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (TALIS), da OCDE, declararam que um dos domínios em que necessitavam de mais desenvolvimento profissional era precisamente no desenvolvimento de competências TIC para o ensino.

Outras conclusões

  • Em 2012, os países da OCDE gastaram em média 5,3% do seu PIB em instituições de ensino, do nível básico ao superior; 11 países com dados disponíveis despenderam mais de 6% do seu PIB.
  • A educação é maioritariamente financiada pelo Estado, mas as instituições de ensino superior são as que obtêm uma maior percentagem de financiamento por parte de entidades privadas. Entre 2000 e 2012, a percentagem média de financiamento público para as instituições de ensino superior diminuiu de 69% em 2000, para 64% em 2012.
  • O ensino para a primeira infância é particularmente benéfico para os alunos oriundos da imigração.
  • Em todos os países e economias que participaram no Programa de Avaliação Internacional de Alunos (PISA) da OCDE, em 2012, a disparidade entre géneros ao nível da leitura é menor na leitura digital do que na leitura impressa. As raparigas obtêm melhores resultados do que os rapazes na leitura digital com uma média de 26 pontos de diferença, em comparação com uma média de 38 pontos – o equivalente a cerca de um ano de escola – na leitura impressa.
  • Cerca de 77% dos adultos com formação profissional ao nível do último ciclo do ensino secundário ou do ensino pós‑secundário não superior têm emprego – uma taxa 7 pontos percentuais acima da taxa de adultos que têm como qualificação mais alta uma formação geral do último ciclo do ensino secundário.
  • Um em cada cinco adultos de idade entre os 20 e os 24 anos está desempregado e não está a estudar nem a fazer formação.
  • Cerca de 57% dos adultos com emprego, e que dispõem de boas competências em tecnologias da informação e da comunicação e na resolução de problemas, participam em educação formal e/ou não formal providenciada pela entidade patronal; apenas 9% dos adultos que não sabem utilizar um computador e que não dispõem de competências de resolução de problemas participam nesse tipo de programas.
  • As salas de aula com mais alunos estão correlacionadas com a dedicação de menos tempo ao ensino e à aprendizagem, e mais tempo à manutenção da ordem na sala de aula. Cada aluno acrescentado a uma sala de aula média representa uma diminuição de 0,5% no tempo dedicado a atividades de ensino e aprendizagem.
  • A classe docente nos diferentes países da OCDE está a envelhecer: em 2013, 36% dos professores do ensino secundário tinham pelo menos 50 anos de idade. Esta proporção aumentou 3 pontos percentuais entre 2005 e 2013, em média, nos países com dados comparáveis.

© OECD

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